segunda-feira, 26 de maio de 2014

12 - Ofício de quem canta (Fábio Carvalho/Pedro Nathan)



Viemos por meio deste samba
Ofício de quem canta
Solicitar sua atenção

Palmas pra quem também foi bamba
Ao fazer da vida luta
E da luta seu refrão

Embora seus passos
Não sumam de nossa memória
Lembrança não fica nos livros de história
Forjados com sangue popular

Porém, seu legado, por certo
Há de ter seu lugar, há!
Quando um novo enredo se organizar
No correr da obra
Que os trabalhadores têm por terminar
- Em seu nome será!

Nasceu enfrentando um império
Na pele dos índios, partido tomou
Passou por quilombos,
Mas foi na senzala que ela, porém, se formou
Escrava já foi de um senhor
Penava na mão do feitor
Salário hoje arranca seu couro
E mal paga essa dor

Sem terra, tirada na bala
Fundou a favela nos morros e valas
Ergueu a cidade, faz mundos em breve
Mas não pode nem fazer greve

E a reação já vem dura
Tal como na ditadura
Pois sempre passam borracha
Nos seus movimentos

E pra arrematar, eu sustento
O nome de tal elemento
É linha que passa por nós:
Classe Trabalhadora!

Pedreiros, marceneiros, diaristas
Balconistas, empregados
Serventes por todos os lados

Tudo construído ao seu redor
É suor do operário
É o ardor do lavrador


Voz: Pedro Nathan
Violão 7 cordas: Marco Bertaglia
Pandeiro, caixa, reco-reco, conga, agogô, surdo e tamborim: Bré
Coro: Kleber Santiago, Tiarajú Pablo, Cezinha Oliveira, Fábio Carvalho,
Rosana Leite, Stella Oliveira

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